A bênção da alegria

“O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo” (Mateus 13.44).
O Catecismo de Westminster começa com a pergunta: “Qual é o fim supremo e principal do homem? O fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre”. Em outras palavras, o ser humano encontra seu significado e propósito glorificando a Deus e se alegrando para sempre nesse relacionamento. Isso simultaneamente. Não há como glorificar a Deus sem ser por motivo de gozo e alegria; nem há perfeito gozo e alegria que não conduzam à glorificação a Deus.
Jesus conta esta rápida parábola para ilustrar o poder da verdadeira alegria na vida de uma pessoa. Seu ensino tem três pilares:

1.A grande descoberta (tesouro oculto no campo… achado)

O reino dos céus é a morada do rei onde há um grande tesouro no campo. Todos passam por ele, aproximam-se dele, podem até tocar nele, mas o tesouro está oculto. O tesouro oculto é a pessoa de Cristo em quem foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, as visíveis e invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades, em quem tudo subsiste e em quem habita toda a plenitude (Colossenses 1.15-20). Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento (Colossenses 2.3), toda sorte de bênção (Efésios 1.3) e toda suprema riqueza de graça e bondade (Efésios 2.7). Ah, quem encontra esse tesouro é invadido de súbita e intensa alegria. Que grande descoberta!

2.A grande entrega (vende tudo o que tem)

Essa alegria impulsiona, mobiliza, motiva todo o esforço para desejar esse lugar onde o tesouro do relacionamento pode ser usufruído. Considera-se tudo uma completa perda, comparado com aquilo que tem muito mais valor, isto é, conhecer completamente Cristo Jesus, o Senhor. Joga-se tudo fora como se fosse lixo, a fim de poder ganhar a Cristo (Filipenses 3.8). Aos olhos de quem não descobriu esse tesouro, a atitude é loucura (1 Coríntios 1.18, 25; 2.14). Mas, aos olhos de quem achou e escondeu, existe uma plena consciência de que se encontrou a fonte eterna de alegria. A alegria é a causa e também o efeito, o que move e também o que se deseja, o apetite e também o alimento. A intensa alegria que se encontrou faz parte da natureza do Pai, que só faz o que lhe dá alegria (Salmo 115.3), tem plena comunhão de alegria com seu filho (Mateus 3.17), o qual, por causa da alegria que lhe foi prometida, não se importou com a humilhação de morrer na cruz (Hebreus 12.2; Isaías 53.11). Tal alegria é fruto do Espírito (Atos 13.52; Gálatas 5.22), e essência do próprio reino de Deus (Romanos 14.17). Que entrega inteligente!

3.A grande conquista (compra aquele campo)

Finalmente o resultado da alegria é ter mais alegria. Entra-se no campo.Apropria-se do reino. Desfruta-se da comunhão e intimidade com o Rei. Agora, tudo o que se faz é para a glória de Deus (1 Coríntios 10.31). O tesouro é tão grande que se tem o que repartir. Experimenta-se que é muito mais alegre e bem-aventurado dar do que receber (Atos 20.35). Nada como que por obrigação, mas de livre vontade (Filemon 1.14). Por isso, dá com alegria (2 Coríntios 9.7), exerce misericórdia com alegria (Romanos 12.8), intercede com alegria (Filipenses 1.4), cuida de outros com boa vontade e alegria (1 Pedro 5.2; Hebreus 13.17). Que conquista maravilhosa!
Buscar alegria faz parte da natureza humana. Nosso coração inclina-se nessa busca, pois Deus nos fez assim. A bênção da alegria nos traz de volta ao propósito de glorificar a Deus, ao mesmo tempo que o ato de glorificar a Deus produz em nós imensa alegria. Aliás, a Bíblia ordena que nos alegremos sempre no Senhor (Filipenses 4.4), pois na presença do Senhor há plenitude de alegria (Salmos 16.11) e a alegria no Senhor é a nossa força (Neemias 8.10), mesmo diante de provações (Tiago 1.2).
Fonte: IPILON / Gospel Prime
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